quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Tanto mar ... tanto mar

Há um oceano entre mim e a realidade.
Estou ilhado nas minhas fantasias.
Minha ilha flutua sobre as águas
e eu flutuo sobre a ilha.

Quando terei terra à vista?
Quando terei chão sob os pés?

Há um oceano entre meus olhos e minha tez.
São minhas lágrimas. Minhas enchentes.
Choro a dor de poder morrer na praia
sem nem ter nadado para tal.

Choro a dor de nem ...
Porque chorar o que não doeu ainda?
Ah, rapaz!, agite os braços sobre as ondas,
emerja as pernas dentre as correntezas,
dance no olho do redemoinho!
Se são seus os sonhos, as ilhas
e os oceanos,
és o dono do teu desaguar.

Há um oceano entre mim e mim mesmo.
Tanto mar pra se afogar.

3 comentários:

julio cesar disse...

george vc esta escrevendo muito bem.
um abraço

Anônimo disse...

George: Na minha opinião, esta é uma das grandes poesias que vc fez. As metáforas est]ão tão bem escolhidas que parece que vejo vc falando. Digno de Fernando Pessoa.

Anônimo disse...

George: Na minha opinião, esta é uma das grandes poesias que vc fez. As metáforas est]ão tão bem escolhidas que parece que vejo vc falando. Digno de Fernando Pessoa.