Esta é a tua festa.
Concederás a mim a honra de tomá-la numa valsa?
Dança comigo, dança?
Acompanho a tua presença desde que pisastes no salão.
Ah, como és bela!
Dança comigo, dança?
Se me prometeres ser meu par por esta noite,
eu te prometo ser o teu pela eternidade.
Dança comigo, dança?
É só me dar a mão.
Depois nos abraçaremos
e seguiremos enfeitiçados pela orquestra.
Dança comigo, dança?
Dança comigo e te farei flutuar pelo salão.
Meu amor é a tua garantia.
Dança comigo, dança?
Entrega-me esta dança,
entregue-se nesta dança.
E, se acaso me quiseres,
descobrirás que a ti já me entreguei faz tempo.
Faz tempo que danço na melodia dos teus passos.
Dança comigo, dança?
É só me dar a mão.
Valsa comigo nesta noite.
É um, dois, três,
um, dois, três,
um, dois, três,
...
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Só sei que tudo fui
Tentaram penetrar-me,
mas em mim nada se dilui.
De toda filosofia,
só sei que tudo fui.
Tive quinze mil lutos.
Sou a fêmea de Brutus.
Só a mim não traí.
Busquei vidas passadas,
percorri muitas estradas,
e por elas cheguei aqui.
Sem nome ou identidade,
descobri-me de verdade quando
enfim me perdi.
Se nesse cálice não bebes,
é nele que me afogarei.
Se desse prato não comes,
nele me saciarei.
Quando de mim sentires asco,
não se preocupe, lavarei-me
no rio que corre em ti.
E se a correnteza me levar,
é o destino que se cumpre,
deixe-me ir.
Pra onde quer que eu vá,
em segurança estarei.
Não há medo em minhas entranhas,
eu mesmo me estripei.
Minha vísceras são estrelas.
Meus sentidos, animais.
Meus cabelos foram negros,
agora não são mais.
E se em nova terra piso,
nela firmarei meu novo lar.
Finco estacas neste solo
e demarco-o como meu.
Viverei do teu desejo.
O que carregas no bolso
pode valer o teu prazer.
E não tenha cautela quanto às fantasias.
Vim de lendas e mistérios.
Satisfaço a qualquer um.
Para homens e mulheres
perguntei: "O que queres?"
A resposta era: "a ti".
mas em mim nada se dilui.
De toda filosofia,
só sei que tudo fui.
Tive quinze mil lutos.
Sou a fêmea de Brutus.
Só a mim não traí.
Busquei vidas passadas,
percorri muitas estradas,
e por elas cheguei aqui.
Sem nome ou identidade,
descobri-me de verdade quando
enfim me perdi.
Se nesse cálice não bebes,
é nele que me afogarei.
Se desse prato não comes,
nele me saciarei.
Quando de mim sentires asco,
não se preocupe, lavarei-me
no rio que corre em ti.
E se a correnteza me levar,
é o destino que se cumpre,
deixe-me ir.
Pra onde quer que eu vá,
em segurança estarei.
Não há medo em minhas entranhas,
eu mesmo me estripei.
Minha vísceras são estrelas.
Meus sentidos, animais.
Meus cabelos foram negros,
agora não são mais.
E se em nova terra piso,
nela firmarei meu novo lar.
Finco estacas neste solo
e demarco-o como meu.
Viverei do teu desejo.
O que carregas no bolso
pode valer o teu prazer.
E não tenha cautela quanto às fantasias.
Vim de lendas e mistérios.
Satisfaço a qualquer um.
Para homens e mulheres
perguntei: "O que queres?"
A resposta era: "a ti".
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