quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Soneto da escravidão consentida

Na primeira vez que escreveste o meu nome -
lembro-me bem, foi numa carta de amor -
tornei-me escravo do teu chamado;
teu chamado era o meu tutor.

Senhora de meu corpo e minha alma,
faz deste ser o teu castelo.
Forja em mim a tua armadura,
enrijeça o nosso elo.

Logo o meu nome não é nada
se não vem dito de tua voz,
ou escrito por tua mão.

Rogo tua presença na minha jornada,
agora só respiro quando sou nós
ou chicoteado pela tua paixão.