domingo, 12 de setembro de 2010

Utopia

Olhos nos teus olhos e cego-me na imensidão.
Ouço suas palavras e me afogo
no oceano do que as suas palavras querem dizer.
Me perco nos labirintos do seu perfume,
caio na lábia do teu gosto
e tua pele fez de mim prisioneiro.

Não há fuga de ti.
E não quero fugir.
Mas entendê-la, quem sabe ...

Ainda hei de dizer que sei
o que escondes detrás dos sentidos teus,
mulher.

Certos versos meus

Certos versos meus são belos
quando sou honesto com os meus sentimentos.
Quando não omito os meus sentidos.

Mas para ser honesto,
revelo as minhas mentiras.
Mostro a todos a verdadeira face
do falso poeta.
Dilacero-me em frente aos olhos outros.
Assim enxergo-me.

Minto para ocultar o que nem sei.
Disfarces que estruturam os pilares das minhas inverdades.
E onde está a beleza dos versos da incerteza?

Pouco sustento para a terra faminta

Sou um tanto de gente,
sou um nada de homem.
Sou o que a terra come
quando chama a fome.