segunda-feira, 22 de setembro de 2008

pra tudo se acabar na quarta-feira

O texto está muito bem escrito. mistura reflexões profundas com bom humor e isto é ótimo. tento escrever assim, mas acho que não tenho capacidade mental suficiente. também não sou nada criativa e isso faz falta... poderia ter me tornado colunista do potterish se tivesse alguma dessas qualidades. mas você tem futuro :)
Escrito por Lorena (Weasley) Assis, minha querida prima e madrinha deste blog, no seu comentário sobre meu último post.

Primeiramente, muito obrigado. Segundamente (isso existe?), você é muito criativa (e talentosa!!!). E, já que você me elogiou, agora venho por meio desta me esculhambar. rs

Esses últimos dias têm sido de extrema carência e desespero para mim. Desespero porque a cada dia penso em seguir uma profissão diferente. E carência porque estou me sentindo sozinho. (ai deprê!)
Leda me perguntou no sábado se eu estava feliz. Não soube responder. Diferentemente de quando nos perguntam se está tudo bem, e logo respondemos que sim, sem pensar, já no automático. Mas, gaguejei ao respondê-la. Estou feliz?, pensei. Não. Não estou. Tenho momentos alegres, divertidos, prazerosos. Mas, feliz eu não estou.
O engraçado (engraçado do tipo que não faz rir) é que não sabemos o que é felicidade. Mas, por ser algo que não conhecemos, julgamos saber o que é na esperança de reconhecê-la quando ela aparecer.
Agora, vou desfazer o que disse antes (isso mesmo, salve Raul!). Lembrei de um momento em que fui feliz. Sim, foi só um momento. Mas, é talvez um dos que passarão pela minha cabeça no filminho que vemos antes de morrer (vemos é?). Foi em 2005. Num cinema. Mais precisamente no Paço. Estávamos eu e Camila (minha namorada na época), aquela que mais me fez bem e mais me fez mal. Assistíamos Coisa Mais Linda - História e Casos da Bossa Nova (BRA - 2005), um documentário sobre a Bossa Nova (dãã, é mesmo?). Namorávamos ao som daquelas músicas lindas. Foi tão lindo que agora escrevendo sobre esse momento, parece que vivi uma experiência extra-corpórea. Como se eu estivesse fora do meu corpo e pudesse ver a cena, sabe? Aquilo sim foi a felicidade plena. Quase o paraíso. Mas, foi só um momento.
Portanto, (agora serei super piegas!!!) aproveitem cada momento, cada segundo, cada tudo. (agora eu deveria escrever algo do gênero: aproveitem porque ... ou aproveitem porque senão ... mas, não sei o porque temos que aproveitar. mas, pode acreditar em mim! rs)

A Felicidade
(Tom Jobim & Vinicius de Morais)

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim