A vida é feita de quê?
A minha vida é feita de fantasias.
Escolhi o meu mundo
e este é feito de coisas belas e positivas.
A magia do meu mundo acoberta a realidade.
Minhas vestes são claras e leves.
Meus adereços adornam a minha pele alva e rosada.
Ah!, mas são todas bijuterias e peças de brechó.
Mas assim me visto e me aprumo.
O charme de uma mulher é o seu poder de ilusão.
E a minha mágica jaz nestes pertences.
São pertences simples, eu sei;
mesmo assim não concordo quando me chamam de pobre.
Sou rica pois tenho elegância, sou feminina,
sei aproveitar as coisas boas e guardo num cofre as minhas lembranças.
Sou muito rica, meu rapaz.
Por favor, meu jovem, elogie-me quando eu passar por ti.
Fale bem do meu perfume, do meu vestido,
da minha tiara e do meu chapéu.
Faça a gentileza de me acompanhar até a praça
e lá me ofereça um refrigerante.
Mas não tente se aproveitar da minha delicadeza.
Não que eu não tenha desejo, mas é que uma moça
deve tomar conta de sua reputação.
As pessoas são invejosas.
Elas inventam mentiras só porque
não entro em suas jogadas sujas e vãs.
Ah, meu querido!, salve-me desse esgoto onde vim parar.
Só te peço que não me leve muito para perto da luz -
é que a idade em mim avança;
sei que já não tenho 16 anos e a mulher deve
saber usar a sua beleza com inteligência.
Ainda não sei como me perdi nessas ruas escuras.
Como sou grata a ti por me levar em direção ao jardim.
E, seja você quem for, saiba que
eu sempre dependi da bondade de estranhos.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Humilhando - Vol. 04
Voltamos à nossa série de humilhação pianística!
Hoje trazemos a fabulosa Valentina Igoshina. Esta russa de 31 anos interpreta Chopin com uma leveza e beleza inomináveis. Aprecie esta belíssima obra: Fantasie Impromptu em Dó Sustenido, Op. 66.
Chopin compôs esta Fantasia em 1834 e a dedicou a Julian Fontana, um amigo muito próximo e querido. Reza a lenda que, para não ouvir comentários maldosos, Chopin pediu que esta Fantasia não fosse publicada até a sua morte devido à sua semelhança com a Sonata ao Luar de Beethoven.
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