segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Esqueça o coração do poeta

Não encontro em mim a fluidez
Era simples, era fácil
Era recorrente
Agora há pedras impedindo a correnteza

O rio caudaloso virou lagoa tranquila
de águas inertes, de versos caducos
Navegar cauteloso é inútil

O que me falta é tempo de uso?
É musa inexistente?
Ou é mesmo a falta de talento?

Aqueça o coração do poeta, palavra.
Aqueça.