terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sorte ou sortilégio

Eu já não mais me suporto.
E, se os meus pulsos eu corto,
e vejo o sangue manchar-me de morte,
me pergunto se esta é a minha sorte
ou o meu sortilégio.

Cada caminho que tomo é sempre o mais torto.
E para seguir esta rota eu mesmo me envolto
nessa fé masoquista de ter a dor de
esperar que meu sono atravesse a noite.
Viver é o meu sacrilégio.

Melissa

Melissa
me pinça de volta
do mar onde eu me atirei.

Um mar de lágrimas
que após me deixares, sim,
eu chorei.

Melissa
me atiça de novo.
Gosto quando os teu pudores somem.

É só você lamber os lábios,
ou um carinho mais quente no colo
e aqui está o teu homem,
esperando a alegria de te possuir novamente.

Melissa
me diz se um dia,
ao menos, você me amou.

Ou meu corpo foi mais um que você só usou?

Melissa!
Brinca com os meus sentimentos mais uma vez.
Pode me usar de novo até a minha escassez.
Mas vem pra perto me livrar
da solidão,
Melissa ...