"Você quer fazer cinema? Pegue uma câmera."
Godard
Godard
Sei que ainda não é tempo de fazer as promessas ou predileções para o ano que vai nascer. Mas, tenho pensado seriamente no ano de 2010. Fico pensando em como serão os dias desse ano tão redondo. Faço 20 anos logo em fevereiro. Será que eu estarei na universidade? Quais cursos farei nos próximos 365 dias?
Tenho lido. Bastante. E isso me excita à escrita. Minha avó paterna já me mostrou qual será o meu presente de natal: O Manual do Roteiro, de Syd Field. Estou terminando de ler "Conversas com Almodóvar". No início do ano eu terminava de ler "Conversas com Woody Allen". Há alguns meses li "O Clube do Filme" e "Cartas a uma Jovem Atriz". Cada vez mais, porém aos poucos, fui de vez aceitando minha condição de artista. Minha persona criadora e louca dominou-me de vez, mas ainda não dominou as rédeas das ações. Estou montado num cavalo que tem tudo para correr, mas não sabe levantar as patas do chão. Como Fernão Capelo Gaivota, que precisa voar cada vez mais alto, superar todas as suas próprias limitações, para enfim saber voar como sonha. (...) Não sei se estou sendo claro, mas quero dizer que agora que defini o que quero para mim não significa que tudo facilitou. Pelo contrário. Agora só posso culpar a mim.
Voltando à citação de Godard e às palavras de Almodóvar e Woody Allen, vejo que sou o único que pode me ajudar. E que eu preciso me ajudar. Principalmente botando para fora (o que ainda não sei como) a minha arte. Sou um ator. Isso eu sei. Sinto isso desde que me entendo por gente. O piano veio depois, mas mais como um hobby. As minhas poesias são filhos naturais. Não saberia não fazê-las. Mas, depois de tantas ideias abortadas, esquecidas e negligenciadas, não posso mais retirar-lhes o direito de existir. Em 2010 eu escrevo e realizo. Sem dúvidas. Não sei o quê, nem como. Mas farei um filme. Curta, longa, 35mm, em celular, não interessa. E aí também entra uma coisa que nunca pensei a priori, mas também nunca deixei de cogitar: dirigir.
Escrever e dirigir. Atuar e ser poeta. Tocar piano nas horas vagas, e, quem sabe, um dia escrever um musical. Não é megalomania, mas sinto-me um autor. E preciso expor a minha autoria. Preciso de uma obra para reconhecer-me e compreender-me. Preciso criar. Brincar de Deus talvez me fará mais humano.
Tenho lido. Bastante. E isso me excita à escrita. Minha avó paterna já me mostrou qual será o meu presente de natal: O Manual do Roteiro, de Syd Field. Estou terminando de ler "Conversas com Almodóvar". No início do ano eu terminava de ler "Conversas com Woody Allen". Há alguns meses li "O Clube do Filme" e "Cartas a uma Jovem Atriz". Cada vez mais, porém aos poucos, fui de vez aceitando minha condição de artista. Minha persona criadora e louca dominou-me de vez, mas ainda não dominou as rédeas das ações. Estou montado num cavalo que tem tudo para correr, mas não sabe levantar as patas do chão. Como Fernão Capelo Gaivota, que precisa voar cada vez mais alto, superar todas as suas próprias limitações, para enfim saber voar como sonha. (...) Não sei se estou sendo claro, mas quero dizer que agora que defini o que quero para mim não significa que tudo facilitou. Pelo contrário. Agora só posso culpar a mim.
Voltando à citação de Godard e às palavras de Almodóvar e Woody Allen, vejo que sou o único que pode me ajudar. E que eu preciso me ajudar. Principalmente botando para fora (o que ainda não sei como) a minha arte. Sou um ator. Isso eu sei. Sinto isso desde que me entendo por gente. O piano veio depois, mas mais como um hobby. As minhas poesias são filhos naturais. Não saberia não fazê-las. Mas, depois de tantas ideias abortadas, esquecidas e negligenciadas, não posso mais retirar-lhes o direito de existir. Em 2010 eu escrevo e realizo. Sem dúvidas. Não sei o quê, nem como. Mas farei um filme. Curta, longa, 35mm, em celular, não interessa. E aí também entra uma coisa que nunca pensei a priori, mas também nunca deixei de cogitar: dirigir.
Escrever e dirigir. Atuar e ser poeta. Tocar piano nas horas vagas, e, quem sabe, um dia escrever um musical. Não é megalomania, mas sinto-me um autor. E preciso expor a minha autoria. Preciso de uma obra para reconhecer-me e compreender-me. Preciso criar. Brincar de Deus talvez me fará mais humano.