Artista consagrada
nos meandros da mentira,
faz todos enganar
quando toca a sua lira.
Ah, mas que bela máscara!
Tão perfeita ... parecia real.
Quem diria que atrás da porcelana
jazia uma cara de pau.
Essa voz de monotom ...
Seus gestos delicados ...
Tua finess e prontidão ...
Venenos destilados.
Parecias outra pessoa.
Estavas tomada por um espírito?
Não; era apenas o teu ser vulgar
que ouve apenas o próprio arbítrio.
Oh, suja Elis,
a mim não enganas mais, não.
Quando meu sonho voltar a alçar voo,
estarás bem longe do meu avião.