quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Andando de olhos vendados

Eu ando de olhos vendados.
Assim, sigo na direção que o vento sopra,
tropeçando nas pedras que aparecem,
mergulhando nas águas que me tragam,
jogado na areia pelas ondas que me rejeitam.

E sem nada ver,
tudo sinto.
E sinto maior e mais forte;
de olhos vendados
não sou seguro do norte
mas sou certo da partida.

Andando de olhos vendados
tudo é novo
e tudo é lembrança.
E não se finda a esperança
de um dia chegar em algum lugar.

Mas sem enxergar ...
será que já passei da chegada?
Não sei ...

Venha comigo na próxima jornada.
Serás meus olhos.
Serei teu coração.