quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O alvorecer de um amor poente

Dádiva do tempo,
maldição das horas.
Nada está ao teu contento;
tudo consiste em demoras.

Qual o momento exato para a tua satisfação?
Será que quem paga o pato tem direito à refeição?

Rodeado de relógios,
e o que me apontam os ponteiros?
Veja! São cenas do próximo episódio!
Serei ainda o teu companheiro ao final da temporada?

Dádiva do tempo,
maldição das horas.
Nem água, nem cimento.
Somos feitos de auroras.