sexta-feira, 23 de março de 2018

Quem foi musa nunca perde a majestade?

Te vi e me perguntei,
será que ainda sei escrever por ti?

O que me inspiraria em quem
de tudo eu sabia e hoje não faço ideia dos caminhos?
Sozinhos perante o passado,
passo dado frente o futuro.
Presente revela que estamos em lados opostos de um muro.
Eu te vejo e estás aqui. A um toque de distância.
Mas qual a relevância desse contato?
Fato é: quem diria!, de você eu tudo sabia
e hoje não faço ideia dos meus poemas.
Perdi a mão após perder você?
Perdi você após perder a poesia?
Quem diria! Quem foi musa virou forma escusa de inspiração.

O poeta sobrevive ao não.