quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Senhor da própria casa

Dou ordens,
e quem me escuta?
Serei eu vítima da minha autoridade?
Onde estão esses indolentes,
insolentes servidores?

Em minha casa quero respeito.
Quero ordem e ...
Mas, quem me escuta?
Estou eu falando sozinho?
Só eu e as paredes que há em mim.
Á minha volta, dentro de mim.

Atenção, atenção!
Ouçam todos!
Organizem a bagunça desta alma,
limpem a sujeira desta mente,
dêem sentido à essa vida.
Façam o que eu digo.
O que eu faço seria sinal de exemplo?
É em mim que o meu eu se espelha.

Ó, Senhor!
Tu que sois onipotente,
onipresente e
onisciente!
Tu que és e que isto a ti basta.
Ajuda-me com estes infelizes que não sabem
uma ordem acatar.
Sou Senhor em minha casa
mas nela não sei mandar.
Sou Senhor em minha casa
mas nela não sei me impor.
Sou Senhor em minha casa
e em minha própria casa não sei morar.