sábado, 10 de março de 2012

No banco do teu prédio

No banco do teu prédio
pensei ser remédio
o teu doce veneno.

E inoculaste a peçonha.
Meu corpo já não estranha
os teus dentes pequenos.

Hoje, sem banco e sem remédio,
o leito, outrora branco.
está amarelado,
está vazio - estou cansado.

Sim, teu veneno vicia.
Mas há de chegar o dia
em que tua presença se fará antídoto
e o meu desprezo, anticorpo fortelecido.