Acabo de deixá-la ler mais uma carta.
Carta , esta, que escrevi para aquela que amo.
Não. Não é quem pensas. Não.
Sei que quando lhe disse estar apaixonado por alguém descrevi essa garota incrível. Uma pessoa muito especial para mim e tudo o mais. Pena que não percebestes ... mas essa garota era você. Era, e ainda é.
Todas aquelas cartas foram escritas para você.
Ah, se soubesses o quanto eu te amo. O quanto queria dizer-te, olhando em teus olhos, aquelas palavras escritas para um alguém inexistente.
Pois, claramente, como poderia eu querer outra que não tu?
Passo dias pensando em você. Com nós dois. Juntos ...
Passo noites sonhando com você. Nós dois ... sozinhos.
Oh, Senhor! Dá-me coragem para gritar o nome dela. Para tê-la em meus braços. Para amá-la como nenhum outro poderia.
Mas, aí vem o medo ...
E se ela não me querer mais por perto? Se nem querer minha amizade?
Quero-te tanto! E te espero. Espero pelo dia que você vá me olhar, me enxergar, me ver e concluir que me ama. Será que esse dia chegará? É o que espero. Pois, cada vez que escrevo aquelas cartas, cada vez que conto passagens e momentos irreais com esse espectro criado por mim, esse espelho que queria que te refletisse ... cada vez que digo o nome dela, berro o seu dentro de mim.