terça-feira, 25 de agosto de 2009

Eu e Harry


Há pouco mais de um mês adentrei o mundo de Harry Potter. Mesmo sendo um apaixonado pelas histórias que tratam de bruxas, fadas e outros seres mágicos, não imaginei que me apaixonaria tanto pela história.
Em sete livros, a autora J. K. Rowling, nos leva calmamente a acompanhar a vida deste menino que um dia derrotou o Lord das Trevas. Livro a livro, somos levados a crescer, a amadurecer passo a passo com o bruxinho.
Seus amigos inseparáveis, seus inimigo, seus colegas de escola, seus professores e seus parentes são elementos fundamentais para sua vida e para a história, é claro. A cada aventura e aprendizado os personagens da série parecem emergir das folhas de papel e acarinhar-nos com as palavras contidas nas páginas. Aprendi a amar um ser ficcional.
Quando minha namorada, que me apresentou aos livros, escrevia em seu blog ou msn que é "viúva" de Fred Weasley eu ria e achava uma bobagem, uma exagero. Mas, hoje, sou obrigado a pagar com minha língua: me apaixonei pela jovem Luna Lovegood! Cada frase dita pela personagem é um deleite para o leitor.
Pois bem, e do que valeu ler os livros? Sinceramente, não esperava grandes reflexões. Foi grande a surpresa quando, ainda no primeiro livro, bastante infantil em relação aos três últimos, me vi chorando, e nem foi por uma momento de grande emoção na história. Depois voltei a chorar só no sexto livro com o enterro de Dumbledore, e no sétimo com o enterro de Dobby e a volta dos pais de Harry, Sirius e Lupin. Enfim, não posso negar que o livro permite muitas reflexões. Talvez por ser um livro, um objeto quase mágico (!) que sempre nos permite viajar e mesclar a saga de Harry Potter com as nossas próprias vivências. Me vi um Rony no seu humor bobo e medos infantis; me vi Hermione no seu amor pelo conhecimento e luta pelos privados de direitos; me vi um Neville na sua reclusão e carinhos com aqueles que dão valor a ele; me vi Gina na sua esperança; me vi Luna na sua ingenuidade e loucura; me vi Alvo no seu egoísmo adolescente e na sua ambição por glória; me vi Miverva no seu humor ácido e desprezo sutil; me vi Severo na sua capacidade de esconder seus sentimentos; e acho que fui Harry em cada página. Creio que a autora quis que isso acontecesse, que nós sentíssemos as dores e as alegrias dele. Crescemos com ele em cada livro.
Ainda é muito cedo para dizer mais. Creio que ler os sete livros como numa maratona não me permitiu perceber coisas ainda desconhecidas nas páginas da saga. Terei que ler novamente cada livro, me deliciar mais com as palavras e sentimentos de cada um. Inclusive de Tom Riddle, uma persona nada desprezível.
Quando eu ler mais umas 5 vezes cada livro poderei voltar e fazer jus ao meu ego, rs. E tentar pensar mais em outras possibilidades como a que - despreze meus devaneios - as Horcuxes são a passagem de Harry para a vida adulta. Ele as destrói e ao fim dessa missão se torna um homem pronto para a vida que o espera.

Ai, ai ... deixo, pra terminar, uma frase dita pelo sábio e super bem-humorado Albus Dumbledore: "Claro que está acontecendo em sua mente, Harry, mas por que isto significaria que não é real?"

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