sexta-feira, 19 de setembro de 2008

afinal, o que é a moral?

O termo moral é derivado do latim morale, que significa relativo aos costumes. Pode ser definido também como a aquisição do modo de ser conseguido pela apropriação ou por níveis de apropriação, onde se encontram o caráter, os sentimentos e os costumes. Em alguns dicionários define-se a moral como: os conjuntos de regras, costumes e prescrições a respeito de comportamentos e condutas, que podem ser consideradas válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada, estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.(Aurélio Buarque de Hollanda).
Quer saber mais? Vai no wikipedia! rs

Pois bem, depois da minha querida Lorena ter elocubrado no seu blog (Inania Verba) sobre o casamento, venho eu falar sobre a moral.
O que é a tal da moral? É necessária? Ela existe de verdade?
Mas, quero fechar ainda mais a discussão. Não pretendo discutir o que é moral. Mas, sim o conceito de moral em relação à traição. Não traição de amigos, ou profissional. Quero que todos pensem comigo sobre a traição numa relação afetiva (para não dizer amorosa).

Me lembro de, ano passado, conversando com um conhecido, que ele me dizia de um amigo que estava casado há algum tempo e que não se sentia mais um homem sedutor, o que deixava sua vida sexual com a esposa fria. Então, um dia, uma jovem deu mole pra ele e eles saíram e treparam. Depois disso ele não a viu mais. Não a procurou e acho que também não foi procurado por ela. Mas, ele se sentiu renovado e sua vida com a esposa segui um novo ritmo.

Não sei se já fui traído. Eu nunca traí. Já estive com uma menina que traiu o namorado comigo. É uma situação estranha. Mas, não sei se é por ingenuidade minha, ou o que(?). Digo isso porque me acho muito inocente. Bobo, na verdade. Sou homem de uma mulher só, e muitas vezes careta. Tento entender o porque de tanta caretice, já que minha família (pelo menos pai, mãe - nem tanto - e irmã) são um tanto abertos para a "modernidade". Penso nas demais pessoas da minha geração, tão liberada sexualmente (não digo só em relação ao ato sexual, mas qualquer relacionamento - ou a famosa ficada), e não consigo ver que sou parte dessa geração. Não ajo como eles. Não que uma ou outra atitude seja melhor ou pior que a outra. Mas, porque me choca isso tudo? Não sou de nenhuma religião, mas é inegável que carrego a "culpa católica". Isso é chato, pois penso muito abertamente (e dialéticamente - uhul!) mas ajo completamente castrado (por mim mesmo). É claro que nisso existem outros fatores, que tenho que resolver comigo (e com um leve empurrãozinho de Freud - rs).

Mas, voltando à traição. Vivendo e vendo as coisas por aí, vejo como a traição é tão normal (talvez mais) do que a fidelidade. O desejo pelo sexo oposto (ou pelo mesmo, não quero ser - oops, já fui, né - moralista ou preconceituoso) não acaba quando você assume um compromisso com alguém. Será que talvez o anormal seja a fidelidade? Somos animais. Não temos como fugir dessa classificação. São as leis e as regras que nos podam (bom ou ruim? não sei. e talvez ninguém saiba). Nos podam, para que possamos viver sem dar tiro na cabeça de todo mundo. É difícil fugir do desejo. E o desejo não é só tesão pelo outro. Mas, o prazer de se sentir querido, de se sentir especial, mesmo que por um instante. O desejo que sentimos por nós mesmos, mas que só é satisfeito pelo outro.

Ai, que coisa complicada. Não sei nada do que escrevi acima. Sabe aquela história de que o poeta é um fingidor. Eu, idem.

Tchau. Fui, sem ponto final.