Eu vejo os dias passar.
Cada vez que abro meus olhos de um sono cansado
tenho a esperança de que terei o meu sonho acordado.
É. Quero que alguém sacuda o meu sonho
até que ele chore. Que abra a garganta,
como um bebê que acaba de nascer.
Esse choque do meu sonho com o mundo
será tão lindo, tão doce, tão inocente.
Mas meu sonho que vem do inconsciente
é forte para os perigos do mundo.
O meu sonho que me conhece mais do que eu
saberá se defender das armadilhas que contruo para mim.
Ele tem as artimanhas. Eu só tenho a minha peçonha.
Mas cobra quando se pica não morre. Toma soro anti-ofídico.
Quero acordar com o meu sonho.
Quero o despertar da minha nova manhã.
Meu sol multi-colorido, minha chuva de suco de manga,
minhas nuvens de almofada macia.
Meu sonho não é mais fantasia.
Minha realidade é a mais pura melodia
do pássaro que voa livre e feliz.
Meu sonho fugiu das algemas do impossível.
Ele é desperto, é nato.
Este sonho virou fato.
Qual será o próximo? Ah ... imprevisível.