Fugi.
Não quero enfrentar.
Quero sumir;
para então me encontrar.
Será?
Será que me encontro?
Ou este é mais um conto-fantasia
fingindo que noite é dia
para sol no céu haver?
Fingir;
outra forma de fuga.
Não se sabe para onde ruma,
e, no chão, o pé que pisa
nem mesmo realiza
que são de areia movediça
as tábuas sob este solado.
Fugir
das fugas e das mentiras.
Mas verdades são sofridas
e elas não quero ver.
Crescer,
para parar de fugir.
Crescer,
para parar de fingir.
Crescer?
Eu quero sumir.
Toma tino, criança.
Tenha esperança, menino.
Veja o caminho à frente
e siga.
Não fuja mais do sofrimento.
Não vês? - sofres mais no fingimento,
e com ele faz sofrer.
Não vês?
Fingindo, vais mais longe de si mesmo.
Siga,
mas de olhos bem abertos.
Sem fingir, fugir,
sem planos de sumir.
Vá que o caminho é certo.
Mas o que há nele
não posso prever.
Incertos somos todos,
vá certo disto.
Dúvidas são como o resto,
sinta. Mas não se deixe levar.
Vá em verdade,
melhor caminho, não há.
Um comentário:
É com surpresa e entusiasmo que me deparo com o seu blog dentro do blog da 5ªAvenida http://www.quintaavenida.mus.br/quintafs-1.htm Você sabia? Um abrço de Leda.
PS>Como sempre poesia é de 1ª categoria. Vai em frente, que atrás tem gente, não se esqueça. E "proteja-me dos meus desejos".
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