terça-feira, 23 de setembro de 2014

Constatação

Olho para o espaço inabitado em minha cama.
Escuto as palavras engasgadas.
Sob o lençol está inerte a minha ânima.
Eu saio pela rua, trabalho, conheço pessoas.
Nenhuma delas é você.

Atravesso a rua e o sinal estava aberto para mim.
Chego do outro lado e não sei para onde vou.
Chego no destino e nem vi como fui.
Mas fui. Sozinho.

A noite é fria. A noite é quente.
A noite é noite. Independe da gente.
E a manhã virá? Virá. Mas virá sem você.

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