pensei ser remédio
o teu doce veneno.
E inoculaste a peçonha.
Meu corpo já não estranha
Meu corpo já não estranha
os teus dentes pequenos.
Hoje, sem banco e sem remédio,
o leito, outrora branco.
o leito, outrora branco.
está amarelado,
está vazio - estou cansado.
Sim, teu veneno vicia.
Mas há de chegar o dia
Mas há de chegar o dia
em que tua presença se fará antídoto
e o meu desprezo, anticorpo fortelecido.
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