quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Frutas, divã e fim da sessão

Meu amor foi pro divã.
Contou suas questões,
seus pecados e maçãs.
Chorou suas pitangas
e falou das semanas
que passou sem pulsar.

Ah, meu amor.
Quanto custa essa sessão?
Fale comigo da tua vida;
Eu não cobro um tostão!

Largue esses ouvidos robóticos.
Abrace os meus lábios vividos.
Atenha-se ao tempo lógico.
Desate-se dos tempos perdidos.

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