sábado, 10 de setembro de 2011

Ada

Ada, eu te tomo num giro.
O último suspiro ficou pra depois.
Ada, não se prenda aos lírios.
A última lágrima se despede dos teus cílios.

Ada, enfim as amarras vão se partir.
O início de um horizonte à sombra da nova terra.
Ada, a mim tu te agarras, mas é finda a guerra.
Espera que iremos sorrir.

Ada, minha pequena,
meu doce austríaco, minha salada alemã.
Teus traços típicos se adequarão aos trópicos.

Ada, não sê obscena,
mas é afrodisíaco o sabor da maçã.
Teu canto lírico se tornará exótico.

Ada, futura morena,
o teu novo zodíaco é estrela xamã.
Será onírico o céu utópico?

Ada, eu caio em silêncio,
eu paro e eu penso
e descubro que não sei.

Ada, este destino imposto.
Ele é de teu gosto?
Eu nem te perguntei.

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