Eu sou uma víbora!
Serpente malígna
Peçonha inoculante
Cascavel que ameaça
Naja hipnotizante
Eu sou uma víbora
De pele transmutante
Ágil e ardilosa
Com presas perfurantes
Eu sou uma víbora
E vou te picar
E vais cair no meu solo
Tremendo até sufocar
Eu sou uma víbora
Uma cobra fatal
Cuidado com minha lígua
Bifurcada e má
Eu sou uma víbora
Entocada e atroz
Eu rastejo e nado
Pulo e tiro a voz
Gritas e não te escutam
Já estás sem razão
Eu sou uma víbora
Raiz da tentação
Se a maçã não morder
Eu mordo a tua mão
E em poucos minutos
Paraliso o teu coração
Eu sou uma víbora
Já não vais me encontrar
Já troquei de pele
Tenho outra escamação
Eu sou uma víbora
Adeus, refeição.
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