quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Busca abortada

Busco respostas nos olhos
daquele que o espelho me diz que sou.
Pergunto então ao som que minha boca externa
mas meus ouvidos não decifram a minha voz.
Toco o meu corpo mas meu tato se perde
e não reconhece minha superfície.
Trago o ar para o meu nariz
mas não sinto o menor rastro de perfume.

Dentro de mim não me alcanço.
Desisto de descobrir-me.

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