Uma semente cai na terra por motivos mil.
Algumas viram alimento. Outras secam.
Outras brotam.
E, fazendo-se o broto, começa ali uma aposta com o tempo.
Alguns brotos vingam, outros não.
Podem ser pisados, arrancados, esquecidos.
Os que vingam vão crescendo, e nessa sucessão de acasos
viram árvores. E floreiam. E dão frutos.
Pequenos big-bangs de vida.
Vão crescendo, e verdes esperam madurar.
Porém, eis a história da fruta que não madurou. A fruta que permaneceu verde.
Insossa, ruim,
intragável fruta verde.
Não dá pra comer. Dessa fruta, quando verde, nem doce se faz.
Coitada ... Imatura ...
Ih, olha ali uma bem madura!
Tadinha da fruta verde. Morreu esquecida.
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