sob tua superfície alva,
sob tuas alterações negras,
e arrancar-lhe gemidos.
Saudades de ter os meus pés
sob ti. E assim,
ao meu bel prazer, decidir
se prolongas ou abafas os teus sons.
Saudades de estar em frente a ti
e, em nossa comunhão, sermos um.
Quando os nossos movimentos,
sincronizados e rítmicos,
melodiosos, reinando harmônicos,
fazem a música nosso rebento
é porque chegou enfim o momento
de ter-te, piano, em minhas mãos.
Um comentário:
Adoro quando você escreve com duplo sentido
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