A arte pulsa e jorra da fonte do desejo.
Meu complexo de édipo se amamenta da coxia.
Os três sinais são anjos anunciadores.
Meu pai é o som que vem da platéia.
Eu sou um movimento e uma palavra,
sou um corpo e um sentimento,
sou tantos que nem me aguento
de estar apenas um.
A arte pulsa e jorra desejo da minha fronte.
Caem as máscaras.
Visto as que convém.
Quem me chama pelo nome
esquece que estou muito além.
Eu sou um movimento e uma palavra,
sou texto, imagem e som.
Sou um corpo e um sentimento,
sou do palco e este é meu dom.
A arte pulsa e jorra do meu corpo.
O palco é meu desejo.
A coxia meu unguento.
Sou ator, cria de dores;
sou ator, banco de amores;
sou ator, irmão dos atores.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
sábado, 24 de agosto de 2013
Narcolepsia programada
São despertos os infantes
de seus sonhos imorais?
Se espertos os infantes
não despertam nunca mais.
de seus sonhos imorais?
Se espertos os infantes
não despertam nunca mais.
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013
De que adianta ser poeta
Falo, escrevo, rimo.
O verbo e o verso eu muito primo,
mas nem só de poema vive o homem.
Talvez com as palavras eu me esquivo
do que é preciso ser mais cativo:
a ação.
Ora, de que adianta ser poeta
se na hora que o espeto espeta
não é poesia e sim o passo a frente
que faz o corpo deixar de estar rente
à dor, ao sangue e à cicatriz?
Ora, que é preciso mover o corpo.
Usar as mãos além do esforço
de criar sobre o papel.
É preciso estar vivo fora do verso.
O poeta já é réu confesso
mas sua escrita não pode ser prisão.
Pois então eu me liberto.
O caderno continua aberto,
pronto para eu escrever.
Mas pronto eu também me ponho
transformando em ação o sonho,
transformando o verso em viver.
O verbo e o verso eu muito primo,
mas nem só de poema vive o homem.
Talvez com as palavras eu me esquivo
do que é preciso ser mais cativo:
a ação.
Ora, de que adianta ser poeta
se na hora que o espeto espeta
não é poesia e sim o passo a frente
que faz o corpo deixar de estar rente
à dor, ao sangue e à cicatriz?
Ora, que é preciso mover o corpo.
Usar as mãos além do esforço
de criar sobre o papel.
É preciso estar vivo fora do verso.
O poeta já é réu confesso
mas sua escrita não pode ser prisão.
Pois então eu me liberto.
O caderno continua aberto,
pronto para eu escrever.
Mas pronto eu também me ponho
transformando em ação o sonho,
transformando o verso em viver.
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