tá na dúvida se deve ter certezas.
E fica miúda, escondida debaixo da mesa,
não se sabe se de medo
ou em busca da linha
que, fora do carretel,
se embolou na sua vida
e a distancia do céu.
Maria Moleza, coitada,
tem a inconstância como sua beleza.
E em minha ignorância,
nem aos pés de vossa grandeza,
peço que assim permaneças
e não faça trapalhadas.
Não se endureça, minha doce Maria,
cada dia mais mole,
cada dia mais fria,
cuidado que o sol enrijece,
cuidado que a lua umidece,
cuidado que o tempo te estraga,
cuidado Maria Moleza:
sendo ti tua própria riqueza,
se teu navio naufraga,
morrerás - com toda certeza.
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