Éramos dois. E tudo à nossa volta era par. Duas cadeiras, uma de frente para a outra e nos sentamos. Duas taças de vinho. Duas taças de vinho. Duas taças de vinho e abrimos a segunda garrafa. Duas rolhas na bancada da varanda, dois corpos sobre o tapete da sala.
Agora tudo se multiplica. São dedos, são lábios. São línguas, são pernas, grutas e cavernas. São gritos, são unhas, posições e travessuras. Eu sinto que dentro de você eu sou mais eu. Éramos dois, somos um.