terça-feira, 26 de abril de 2011

Pra quê sentido se estou aquecido?

Não faça pouco das suas meias palavras.
Elas esquentam o pé da minha alma.
Me deixam quentinho ...
sinto a lava tomando o meu corpo.

Quente fico mas perto do pecado,
mas dele não me desfaço tampouco.
Desvirtuado mas aquecido
pelo calor do teu recado,
pelo sabor que tens despido,
me refaço a cada caco de vidro pisado.
Mas saio ileso,
pois meias palavras protegem os pés.
Minha alma hoje não irá sangrar.

Ao amigo poeta

Ao poeta Yke Leon

Ah, meu amigo poeta ...
tudo o que em mim desperta a tua poesia ...
enche-me de inveja, enche-me de alegria
ler cada verso, (e lendo-os) desnudar a fantasia
e ver nu o teu talento.

Ah, mas que eu não me agüento
quando pensas que é jóia a minha bijuteria.
Se há acerto nas minhas palavras
foi um ganho de loteria.
Foi pura sorte que essa minha folia
encontrou abrigo na tua leitura.

Ah, meu poeta amigo ...
desfaço-me de minha armadura
e vejo em nossa arte aquilo o que a vida emoldura:
a beleza, que nada mais é do que arquitetura das emoções.