Não tenho forças.
Preparo um laço,
me enrosco na forca.
O nó eu desfaço,
e minha vida parca
seguirá distorcida,
seguirá em pedaços,
no caminho destes passos tortos,
dos meus sonhos falsos,
dos meus dias porcos,
das minhas noites sonsas,
do meu sono calmo.
E acordo com olhos lassos,
e o nó da forca eu refaço.
Na dúvida, eu vou lá e o reforço,
já não há fuga e nele me enlaço.
Valeu o esforço,
acabou o cansaço.
Já não estou mais a postos,
agora repouso.
Descanso no meio dos mortos.
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