Não queria que me olhasses com esse olhar inquisidor.
Mas se é assim, e não tem jeito, peço-te um simples favor:
Não me julgue pela marca de minha mala,
mas sim pela bagagem que carrego.
Não me julgue por meu tamanho,
mas sim pela proximidade da minha cabeça com as nuvens.
Não me julgue pela minha largura,
mas sim pelo número de pessoas que consigo abraçar.
Não me julgue pelos meus sapatos,
mas sim pelas pegadas que deixei.
Não me julgue pelas dívidas,
mas sim pelas promessas cumpridas.
Não me julgue pelos cabelos emaranhados,
mas sim pelo grisalho que se mostra aparente.
Não me julgue pelo meu nome,
mas sim por como sou chamado.
Não me julgue pelos seus amigos,
mas sim pelos meus.
Não me julgue pelas minhas rugas,
mas sim pelas expressões que as marcaram em meu rosto.
Não me julgue pelos dogmas,
mas sim pelas transgressões.
Não me julgue por meus farrapos,
mas sim por meus retalhos.
Não me julgue por meus defeitos,
mas sim pelos meus efeitos.
Não me julgue pela cor da minha pele,
mas sim pela cor onde dança minha alma.
Não me julgue pelos meus sonhos,
mas sim pelo que me faz acordar.
Não me julgue por julgar,
mas sim pelo que você é.
Não julgue os meus olhos,
mas sim o que posso enxergar.
Não julgue minhas lágrimas,
mas sim o que me faz chorar.
Não julgue minhas gargalhadas,
mas sim o sorriso que esboço quando dizes que me ama.
Tente não julgar,
mas sim sentir-me.
2 comentários:
Juro que dessa vez eu pensei que fosse ver o nome de um autor famoso no final...
Eu te amo
Eu quase que falo igual a sua namorada. Pensei também e te amo também. Mas está muito bem feito e de arranjos figurativoc dignos de um grande poeta. Onde que você foi arranjar este jeito macio de falar? E estes sentimentos maduros onde você foi buscar? Menino,como você vive intensamente!
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