Frase certa, não é mesmo?
O "eterno", assim como o "permante" no cabelo, é apenas um adjetivo. E, adjetivos como são, devem apenas classificar um substantivo (calma, gente ... não é papo de vestibulando). Poderíamos então simplesmente dizer que adjetivos não são "eternos" (e nem "permanentes"). Quando usamos um adjetivo, queremos registrar pro infinito o efêmero de um instante. Queremos pausar o mutável para que aquele registro se torne pétreo, mesmo que só em palavras. E isso faz diferença? Resolve o problema? Bem ... Resolver, não resolve. E se faz diferença? Talvez.
Mas, voltando à ideia do Millôr ... Tanto o amor quanto o cabelo precisam de manutenção. O cabelo, por exemplo, temos que penteá-lo todo dia para que ele não embole, aparar as pontas, hidratá-lo, ir ao salão, etc. Pois senão o "permanente" fica ruim.
Assim também é o amor. Temos que tratá-lo com carinho. Temos que aparar as pontas, penteá-lo para não embolar. Temos que hidratá-lo com palavras e atitudes, massageá-lo com versos e paixão. Cuidar do amor e cuidar do cabelo para que eles possam estar sempre eternos e permanentes.
Ué? "Estar"? E porque não "ser"? To be ... Être ...Sabe que no inglês e no francês os verbos "ser" e "estar" são o mesmo? Então. O que "é" e o que "está"? Você "é" feliz ou "está" feliz? A folha de alface "é" verde ou "está" verde? Porque se deixarmos a folha de alface fora da geladeira por um certo tempo ela fica preta. (...)
Quando digo que meu amor é eterno estou eu mentindo? Não. Estou, sim, me comprometendo a sempre mantê-lo viçoso e brilhante, hidratado e desembaraçado. Estou me comprometendo com a manutenção para o que o "eterno" seja eterno. Porque o tempo não é aquele que gira nos ponteiros do relógio.
O tempo é aquele o que fazemos.
O tempo é a duração que nossa alma leva para transcender.
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Este post não tem a intenção de fazer propaganda de salões de beleza, barbeiros ou estabelecimentos do gênero.
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Ah ... e desculpem-me pela imagem abaixo. Mas, não resisti!
O "eterno", assim como o "permante" no cabelo, é apenas um adjetivo. E, adjetivos como são, devem apenas classificar um substantivo (calma, gente ... não é papo de vestibulando). Poderíamos então simplesmente dizer que adjetivos não são "eternos" (e nem "permanentes"). Quando usamos um adjetivo, queremos registrar pro infinito o efêmero de um instante. Queremos pausar o mutável para que aquele registro se torne pétreo, mesmo que só em palavras. E isso faz diferença? Resolve o problema? Bem ... Resolver, não resolve. E se faz diferença? Talvez.
Mas, voltando à ideia do Millôr ... Tanto o amor quanto o cabelo precisam de manutenção. O cabelo, por exemplo, temos que penteá-lo todo dia para que ele não embole, aparar as pontas, hidratá-lo, ir ao salão, etc. Pois senão o "permanente" fica ruim.
Assim também é o amor. Temos que tratá-lo com carinho. Temos que aparar as pontas, penteá-lo para não embolar. Temos que hidratá-lo com palavras e atitudes, massageá-lo com versos e paixão. Cuidar do amor e cuidar do cabelo para que eles possam estar sempre eternos e permanentes.
Ué? "Estar"? E porque não "ser"? To be ... Être ...Sabe que no inglês e no francês os verbos "ser" e "estar" são o mesmo? Então. O que "é" e o que "está"? Você "é" feliz ou "está" feliz? A folha de alface "é" verde ou "está" verde? Porque se deixarmos a folha de alface fora da geladeira por um certo tempo ela fica preta. (...)
Quando digo que meu amor é eterno estou eu mentindo? Não. Estou, sim, me comprometendo a sempre mantê-lo viçoso e brilhante, hidratado e desembaraçado. Estou me comprometendo com a manutenção para o que o "eterno" seja eterno. Porque o tempo não é aquele que gira nos ponteiros do relógio.
O tempo é aquele o que fazemos.
O tempo é a duração que nossa alma leva para transcender.
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Ah ... e desculpem-me pela imagem abaixo. Mas, não resisti!
4 comentários:
Pior que é verdade.
O Cabelo pode ser comparado com o Amor, até por que, eles sempre ‘estarão’ com vc, independentemente das circunstâncias, porem, vc sempre vai querer deixá-lo mais forte e exuberante.
Parabéns pelo texto,Um Abraço.
Cada vez eu babo mais ainda pela maneira como você escreve.É leve, gostoso, flui maciamente na jogada das palavras a minha mente. Esta crônica( seria crônica?) de hoje merece até análise psicanalítica...Enfim, vc promete e vai longe. Vou dar uma dos Simpsons "Não issso deve ser para me humilhar..."
e quem tem o cabelo cortado na maquina 2? kkkkk
É ISSO Q NOS DEIXA INQUIETOS E
NÃO NOS PERMITE DIZER O "SOU FELIZ". PREFIRO O FRANCÊS E O INLÊS Q DÃO O SIGNIFICADO MAIS REALISTA DO "ESTOU FELIZ". TUDO O Q "É" AGORA, PODERÁ NÃO SÊ-LO DAQUI A POUCO. AMOR (Q PENA, SÓ O DE ROMEU E JULIETA E ALGUNS POUCOS FORAM ETERNOS PQ VIVERAM POUCO E OS CARREGAMOS P O INFINITO EM NOSSAS MENTES ROMÂNTICAS.QUE LINDO SERMOS SURREALISTAS E CONTINUARMOS ACREDITANDO NO AMOR ETERNO, NA AMIZADE PERMANENTE, NA FELICIDADE PLENA, NA FAMÍLIA SEMPRE UNIDA, NA SOLIDADIEDADE HUMANA, NO CULTIVO DO BEM-COMUM... SEREMOS MAIS ALEGRES SENDO MENOS COMPROMETIDOS COM A REALIDADE E MAIS LEVES, DEIXANDO FLUIR A CRIANÇA BOBINHA E LIBERADA DENTRO DE NÓS Q É MENOS COMPLICADA E SOLTA.
ENFIM, VAMOS "ENTRAR" NOS CONTOS DE FADAS SEM OS PUDORES DOS SERES MUITO INTELECTUALIZADOS!
ETERNO, PERMANENTE, EFÊMERO SÃO SÓ ADJETIVOS... EU, VC E NOSSAS ESCOLHAS SOMOS REALIDADE (POR ENQUANTO...).
GERORGE
DESCULPE ME ENTROMETER EM SUA TÃO
LINDA CRÔNICA. VC ME INSTIGOU !
BRAVO!!!!
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